sábado, 30 de julho de 2011

Alongar ou não alongar, eis a questão...



Quem nunca relegou um alongamento para o segundo plano? Quem nunca terminou uma sessão de treinos (uma corrida, musculação, ginástica, etc.) e, preocupado com a atividade posterior, resolveu declinar do alongamento por entender que o mesmo seria dispensável e de que o objetivo principal (a atividade física em si) já tinha sido cumprido? Ou ainda, quando o realizamos, será que damos ao alongamento a devida atenção, consistência e concentração?

A importância do alongamento (ou aquecimento, como também é conhecido) é uma das perguntas do meio esportivo que mais tem gerado divagações e teses. Existe a turma que defende que o alongamento deve ser feito obrigatoriamente antes e imediatamente após a prática esportiva, enquanto existem aqueles que advertem que o alongamento, antes do treino ou da atividade física, seria dispensável e, muitas vezes, não recomendável. Ambos defendem as respectivas posições com base na existência (ou, em grande parte, na inexistência) de estudos científicos apropriados.

De nossa parte, se retroagirmos um pouco no tempo, lembraremos das aulas de educação física do ensino infantil e médio, que, na sua maioria, eram antecedidas por sessões de alongamento. Talvez até por conta dessa época, toda vez que nos deparamos com profissionais defendendo a tese da dispensabilidade do alongamento prévio ou até mesmo a sua prejudicialidade ao corpo, nos sentimos inseguros e perdidos.

Bem, cotejando alguns livros e revistas, encontramos uma linha mediana, que conjuga as duas teorias e, que, ao nosso crivo, parece ser a mais lógica. Segundo essa linha, o alongamento que antecede uma atividade física deve levar em consideração a intensidade na qual a mesma será praticada, por exemplo, na corrida de rua, se o treino for composto por subidas (que exigem muita força) ou, ainda, se consistir num longão, tanto o alongamento prévio como o posterior devem ser leves, tendo em vista o grau de exigência que os grupos musculares serão ou foram exigidos. Ao que parece, um leve alongamento ou, ainda, um aquecimento (como caminhar de 3 a 10 minutos ou promover um trote leve) seguidos de uma sessão de alongamento pós-treino, se constituem nas melhores soluções para a questão. Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar.

É consenso que o alongamento, quando feito da forma correta:

-relaxa o corpo;
-proporciona maior consciência corporal;
-deixa os movimentos mais soltos e leves;
-previne lesões;
-prepara o corpo para atividades físicas;
- ativa a circulação.

Portanto, extremistas à parte, o melhor caminho sempre passará pela utilização do bom senso, ou seja, alguns exercícios prévios para despertar a musculatura que será exigida aumentando o fluxo sanguíneo para a região, bem como um bom alongamento após a sessão de treino, respeitando os limites do corpo esgotado. Ambas se constituem em ações positivas e que conduzirão a uma redução das lesões e ao bem estar do próprio praticante. Sem querer exaurir, mas apenas a título sugestivo, abaixo seguem algumas posições de alongamento bem interessantes para a corrida e não esqueçam...vamos correndo!

domingo, 24 de julho de 2011

Início e desenvolvimento planejados

Olá Runners,

Inauguramos o nosso blog com o objetivo de transformá-lo em mais uma ferramenta para proliferar conteúdos voltados a corrida de rua entre o nosso grupo e demais interessados. Vale reproduzir textos de domínio público e interesse geral ou mesmo bolar algo com base na própria experiência (seja ela iniciante, intermediária ou avançada) para compartilhar com todos. Contribua com textos e com comentários!

A IMPORTÂNCIA DAS AVALIAÇÕES MÉDICAS

Pois bem, começamos tratando de algo fundamental para qualquer corredor, tomando para nós um lema criado pelo filósofo Sócrates: "conheça-te a ti mesmo". Tal assertiva não poderia ser mais oportuna aos amantes da corrida de rua. Muitos de nós largaram (ou estão dispostos a largar) uma vida sedentária com pouca ou nenhuma atividade física periódica. É notório que a corrida é um esporte democrático e de fácil aplicação, que pode ser sintetizado pelo "basta calçarmos um bom par de tênis, um calção e uma camisa" que estaremos habilitados a praticá-lo. Mas é correto aplicarmos tal síntese literalmente?

Bem, não vamos discordar da frase como um todo, mas, de toda a sorte, o iniciante, o intermediário e mesmo o avançado, devem fazer exames médicos para avaliar ou atestar o seu estado de saúde. Por exemplo: para quem está iniciando, é fundamental uma visita ao médico de confiança, para requisitar não apenas o tradicional hemograma, como também um eletrocardiograma e um exame ergométrico. O histórico de atividades físicas e de eventuais lesões também deve ser revelado ao profissional para que o aspirante a prática física possa direcionar bem os seus treinos e cumprir com os seus objetivos. Mesmo o praticante contumaz deve refazer periodicamente os exames para detectar eventuais alterações que podem denotar a prática excessiva de treinos ou mesmo algum outro distúrbio, além de servirem como um bom balizador para a avaliação da melhora física.

Ah, outro detalhe importante: quem mora em grandes centros, pode contar com um exame muito bom, chamado de ergoespirométrico, que dentre outros resultados, apresenta os limiares aeróbicos da pessoa (VO2 máximo, por exemplo).

Além dos exames médicos citados, uma outra verificação importante diz respeito ao tipo de pisada. Sim, existem pelo menos três tipos diferentes de pisadas, quais sejam: supinada, neutra e pronada, tendo como base a pressão feita na sola dos pés no momento em que os mesmos tocam o chão na prática da corrida. Existem bons profissionais no mercado (como fisioterapeutas) e uma variedade grande de métodos para atestar a respectiva pisada. Em algumas prova, como a do Circuito das Estações, patrocinada pela Adidas, o exame é feito numa das tendas no dia da entrega dos kits e da prova e sem custo adicional.

Em suma, não deixe de realizar todos os exames básicos recomendados. Todos lhe auxiliarão no seu  planejamento e no cumprimento das respectivas metas. Tenha bons hábitos e vamos correndo!